A Transferência Eletrônica de Fundos (TEF) é uma modalidade de pagamento que otimiza o processo de vendas em diversos segmentos do varejo. Nos últimos anos, à medida que as transações com cartões de crédito e débito ganharam espaço, o TEF se tornou uma solução ainda mais relevante para quem busca rapidez e segurança no recebimento.
De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o volume de pagamentos com cartões no Brasil teve crescimento significativo nos últimos períodos. Em 2022, por exemplo, ultrapassou a marca de R$ 3 trilhões, o que reforça a importância de soluções como a TEF para o mercado.
Neste artigo, você vai entender em detalhes o que é a TEF, seus benefícios, desvantagens, tipos existentes e como ocorre a emissão de NFC-e de forma integrada. Ao final, também saberá quais são as principais alternativas para quem não deseja adotar esse modelo de pagamento em seu negócio.
Sumário
- O que significa TEF?
- Quais são os benefícios da Transferência Eletrônica de Fundos?
- Quais são as desvantagens?
- Quais são os tipos de TEF?
- Como funciona a emissão de NFC-e com a TEF?
- Existem outras alternativas?
- Conclusão
O que significa TEF?
A TEF é o sistema responsável pela comunicação direta entre o estabelecimento e a operadora do cartão de crédito ou débito. Isso acontece a partir do uso de um dispositivo (pinpad) conectado a um software de gestão (ERP). Dessa forma, o valor da compra é enviado automaticamente para a máquina, sem a necessidade de digitação manual.
Para o funcionamento adequado, é necessário que a empresa possua um sistema de automação comercial, permitindo a integração entre o caixa, o estoque e outros setores do negócio. Dessa maneira, a conferência de valores e o controle financeiro se tornam muito mais simples e seguros.
Quais são os benefícios da Transferência Eletrônica de Fundos?
- Taxas mais baixas: Diversas operadoras que trabalham com TEF oferecem taxas competitivas, e em alguns casos, a cobrança pode ser reduzida se as vendas mensais ultrapassarem determinado patamar.
- Evita filas e demora: Com a automação do processo, a transação acontece rapidamente, o que reduz filas e melhora a experiência do cliente.
- Previne erros de operação: Como o valor da compra é transferido automaticamente, diminuem-se as chances de digitação incorreta na maquininha.
- Mais organização fiscal: O sistema de gestão integrado ao TEF gera relatórios gerenciais, facilitando o controle de vendas, estoque e fluxo de caixa, além de auxiliar na emissão de documentos fiscais, como a NFC-e.
Quais são as desvantagens?
Apesar de todas as vantagens, a TEF não é indicada para todo tipo de operação:
- Fixação do terminal: O aparelho de TEF geralmente fica em um ponto fixo no caixa, o que inviabiliza o uso em entregas (delivery) ou serviços em que seja necessário levar a máquina até o cliente.
- Necessidade de sistema de gestão: Para operar com TEF, é essencial ter um software de gestão financeira. Negócios menores podem não ter essa estrutura.
- Foco em alto volume de vendas: É mais vantajoso para grandes estabelecimentos, como supermercados ou lojas de departamento, que lidam com grande fluxo de transações diárias.
Quais são os tipos de TEF?
Há três modelos principais de TEF, que variam de acordo com o tipo de conexão com a operadora do cartão:
TEF discado
A conexão é feita por linha telefônica a cada transação. É mais indicada para pequenos e médios negócios com volume menor de vendas, pois o tempo de cada operação tende a ser maior.
TEF dedicado
Conta com uma linha exclusiva, que fica conectada 24 horas. Dessa forma, as transações ocorrem de forma mais ágil em comparação com a discada. É recomendada para empresas de médio a grande porte.
TEF IP
Neste modelo, a comunicação é feita pela internet, com uso de VPN e protocolo IP. É a opção mais rápida e confiável para estabelecimentos que precisam de alto desempenho no atendimento do caixa.
Como funciona a emissão de NFC-e com a TEF?
A emissão da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) integrada ao TEF segue os seguintes passos:
- Inicia-se uma venda pelo ERP;
- O pagamento é autorizado via TEF;
- É retornado o número do comprovante de pagamento;
- O número do comprovante é inserido no XML da NFC-e, que é então enviada à Sefaz;
- A Sefaz autoriza a venda e a NFC-e é impressa.
Cada estado possui legislação específica para a NFC-e, então certifique-se de verificar as normas da sua região. Em Pernambuco, por exemplo, o uso de TEF é exigido para a maioria dos varejistas.
Existem outras alternativas?
Sim! O mercado de maquininhas de cartão é bem amplo. Existem soluções móveis (POS e POO) que não exigem a instalação de um sistema de gestão, ideais para pequenos empreendedores ou para quem precisa de maior mobilidade — como restaurantes com atendimento nas mesas ou serviços de delivery.
Se o seu negócio não tem um fluxo muito grande de vendas ou não necessita de um sistema de gestão robusto, vale a pena pesquisar outras opções de terminais e comparar taxas, velocidade de processamento e funcionalidades oferecidas.
Conclusão
A Transferência Eletrônica de Fundos é uma aliada poderosa para empresas que buscam otimizar suas vendas e oferecer praticidade aos clientes. Com um sistema integrado, o processo de compra se torna mais ágil, seguro e menos propenso a erros, garantindo também maior organização fiscal.
Antes de adotar o TEF, contudo, é fundamental avaliar as necessidades do seu negócio, como volume de vendas e estrutura operacional. Caso não seja a melhor opção, existem alternativas que podem se encaixar melhor em cada realidade. De toda forma, a modernização das formas de pagamento é um caminho quase inevitável, e o TEF pode ser o diferencial que faltava para seu ponto de venda.
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