Empresas em risco: seu negócio está pronto para lidar com a reforma tributária?

Imagine acordar em janeiro de 2026 e descobrir que sua empresa não pode emitir uma simples nota fiscal porque os sistemas ainda estão no “modo antigo”. 😨

Soa como um pesadelo burocrático?

Pois é exatamente isso que pode acontecer com a chegada da reforma tributária do consumo.

Mas calma, não precisa entrar em pânico — ainda! 👀

Sumário

O que é a reforma tributária do consumo?

A reforma tributária do consumo, aprovada pela Emenda Constitucional 132/2023 e regulamentada por leis complementares como a LC 214/2025, representa uma das maiores mudanças no sistema fiscal brasileiro nas últimas décadas.

Seu objetivo principal é simplificar o complexo emaranhado de impostos sobre o consumo, substituindo tributos como ICMS, ISS, PIS, COFINS e IPI por dois novos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

Principais objetivos da reforma

  • Simplificação: Reduzir a burocracia e unificar regras em nível nacional, eliminando a “guerra fiscal” entre estados e municípios.
  • Neutralidade: Garantir que a carga tributária permaneça estável, com foco em uma alíquota única mais baixa possível, validada inclusive pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
  • Transparência: Melhorar o controle sobre os tributos, facilitando a apuração e reduzindo evasões fiscais.

De acordo com dados do Ministério da Fazenda, a reforma pode aumentar a produtividade da economia brasileira em até 20% ao longo de 10 anos, ao eliminar distorções no sistema atual.

Para mais detalhes sobre os impactos, confira nosso artigo sobre Reforma tributária e EC 132/2023: impactos reais no caixa e no planejamento do seu negócio.

Evolução histórica e contexto atual

O debate sobre a reforma tributária no Brasil remonta aos anos 1990, mas ganhou força com a PEC 45/2019 e PEC 110/2019.

Aprovada em dezembro de 2023, a emenda constitucional estabelece uma transição gradual até 2033.

Em setembro de 2025, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o projeto de regulamentação, incluindo o Comitê Gestor do IBS, marcando um avanço significativo na implementação.

Prazos importantes para 2026 e atualizações recentes

A transição da reforma começa em 2026, considerado um “ano teste”. Aqui vai uma visão clara dos prazos chave, baseada nas atualizações mais recentes do governo federal.

Ano/FaseDescriçãoAlíquotas
Novembro 2025Início do preenchimento obrigatório dos campos de IBS e CBS nos Documentos Fiscais Eletrônicos (DFes), conforme anúncio do governo.N/A (preenchimento apenas)
Janeiro 2026Início da obrigatoriedade de emissão de novos modelos de notas fiscais com destaque de IBS (0,1%) e CBS (0,9%). Validações completas entram em vigor.IBS: 0,1%; CBS: 0,9% (compensados com PIS/COFINS)
2027-2032Aumento gradual das alíquotas e extinção progressiva dos tributos antigos.Alíquotas plenas a partir de 2033
2033Implementação plena do novo sistema.Alíquota única estimada em torno de 27% (IBS + CBS)

Atualizações de setembro 2025 incluem a aprovação na CCJ do Senado do PLP 108/2024, que cria o Comitê Gestor do IBS e define regras para contencioso administrativo.

O governo, via Receita Federal, tem publicado notas técnicas regularmente, como a NT 2025.002, para orientar as adaptações.

IBS e CBS: o que são e como impactam as notas fiscais

O IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) é um tributo estadual e municipal, enquanto a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) é federal.

Juntos, eles formam o cerne da reforma, operando como um IVA dual.

Características principais

  1. Não cumulatividade plena: Créditos sobre todas as aquisições, reduzindo o efeito cascata dos impostos atuais.
  2. Alíquotas: Em 2026, teste com 1% total (0,1% IBS + 0,9% CBS), compensável.
  3. Impacto nas notas fiscais: Novos campos obrigatórios nos layouts de NF-e, NFC-e, NFS-e e outros documentos fiscais eletrônicos.

Segundo estimativas do Ministério da Fazenda, o novo sistema pode reduzir em até 30% o tempo gasto com obrigações acessórias.

No entanto, setores como saneamento, locações e imóveis enfrentarão desafios iniciais, pois exigem novos modelos de documentos.

Confira mais em Reforma Tributária: Receita Federal libera tabela de créditos presumidos de IBS e CBS.

Riscos para empresas que não se adaptarem

Não se adaptar pode ser catastrófico. De acordo com especialistas da KPMG e Afrac, o maior risco não é financeiro imediato, mas operacional.

Riscos financeiros e legais

  • Pagamento antecipado: Sem emissão correta das obrigações acessórias, empresas devem recolher IBS e CBS em 2026, sem compensação plena (art. 125, §4º do ADCT).
  • Multas: Penalidades por não cumprimento podem chegar a 1% do valor das operações, conforme LC 214/2025.

Riscos operacionais

Se os sistemas não suportarem os novos layouts, as notas fiscais serão rejeitadas, impedindo faturamento e entregas.

Uma pesquisa da Totvs indica que menos de 50% das empresas iniciaram testes em ambientes de homologação até setembro 2025.

Pequenas e médias empresas são as mais vulneráveis, com potencial paralisação de operações.

Como se preparar: adaptação de sistemas e melhores práticas

A preparação envolve atualização de ERPs, testes e treinamento. Aqui vai um guia passo a passo:

  1. Avalie seu sistema atual: Verifique compatibilidade com novos layouts via notas técnicas da Receita.
  2. Atualize software: Integre APIs para cálculo automático de IBS/CBS.
  3. Teste em ambiente de homologação: Use ferramentas da Receita para simulações.
  4. Treine equipes: Foque em contadores e TI para evitar erros.
  5. Monitore atualizações: Acompanhe publicações oficiais e associações como Afrac.

Estatísticas da Receita mostram que contribuintes que usam ferramentas como a Calculadora da Reforma Tributária reduzem erros em 40%.

Conclusão

A reforma tributária de 2026 é uma oportunidade de simplificação, mas exige ação imediata para evitar riscos como pagamento antecipado de tributos e paralisação operacional.

Com prazos apertados, como o preenchimento obrigatório a partir de novembro 2025, priorize a adaptação de sistemas e testes.

Lembre-se: a transição até 2033 é gradual, mas começar certo é fundamental para manter a conformidade e a competitividade.

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