ERP: O que é e como escolher o melhor software de gestão

O uso de soluções tecnológicas para gerenciamento de recursos tem se tornado cada vez mais essencial no mundo corporativo. Em um cenário em que a competitividade só cresce e a quantidade de dados aumenta, é preciso automatizar processos e integrar setores para manter a organização saudável. É nesse contexto que os sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) se destacam como aliados indispensáveis para quem deseja aprimorar a gestão de uma empresa.

Segundo pesquisas da FGVcia (Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getulio Vargas), a adoção de sistemas ERP no Brasil cresceu cerca de 7% somente em 2022, demonstrando a relevância de soluções integradas para diversos portes e segmentos de negócios. Neste artigo, você vai entender em detalhes o que é um ERP, como escolher a melhor opção para o seu empreendimento e quais cuidados devem ser tomados na implementação.

Sumário

1. O que é um ERP?
2. Qual é a sua história?
3. Como um ERP funciona?
4. Por que usar um software de gestão empresarial?
5. Quais são os sinais de que sua empresa precisa de um ERP?
6. Quais são os tipos de ERPs?
7. Como escolher o melhor software de gestão?
8. Quais cuidados devem ser tomados na implementação?
9. Quais são os principais exemplos de ERP do mercado?
10. Conclusão

O que é um ERP?

ERP é a sigla para Enterprise Resource Planning (em português, Planejamento dos Recursos da Empresa). Trata-se de um software que integra e gerencia as principais atividades de uma organização em um único lugar, reunindo informações de setores como financeiro, estoque, vendas, marketing, contábil, entre outros.

Com um ERP, os processos se tornam automatizados e centralizados, reduzindo erros, otimizando a tomada de decisões e proporcionando maior clareza no fluxo de trabalho.

Qual é a sua história?

Os primeiros sistemas relacionados ao conceito de ERP surgiram na década de 1960, com o MRP (Material Requirement Planning). Esse precursor concentrava-se principalmente na gestão de produção, marketing e finanças. Com o avanço da computação na década de 1980, o MRP evoluiu para incluir outras áreas, dando origem ao termo ERP nos anos 1990.

Desde então, essas soluções só cresceram em robustez e abrangência, incorporando recursos de análise de dados e se tornando verdadeiras plataformas de gestão para empresas de todos os portes.

Como um ERP funciona?

Um software de gestão funciona por meio da centralização de dados e processos em módulos distintos que se comunicam entre si. Dessa forma, você pode ter uma visão departamental, analisando de maneira ampla setores como estoque, contabilidade e vendas, ou uma visão segmentada, examinando cada área individualmente e identificando suas particularidades e necessidades específicas.

A integração oferecida pelo ERP permite:

• Automatização de tarefas burocráticas, reduzindo trabalhos manuais;
• Geração de relatórios em tempo real, ajudando na tomada de decisão;
• Alinhamento estratégico entre setores, evitando ruídos na comunicação;
• Identificação de gargalos e oportunidades de melhoria de forma ágil.

Por que usar um software de gestão empresarial?

Investir em um sistema de ERP traz diversos benefícios à rotina de uma empresa. Além de contribuir para a automação e a integração de setores, a solução oferece visões gerenciais que embasam decisões mais rápidas e precisas. Com isso, é possível:

• Reduzir custos e aumentar lucros, ao eliminar gastos desnecessários;
• Melhorar o controle financeiro, identificando onde investir e como otimizar os recursos;
• Ter mais clareza em todas as operações, reduzindo erros e ampliando a visão estratégica;
• Personalizar layouts e relatórios, adaptando o sistema às suas necessidades;
• Favorecer uma gestão colaborativa, unindo equipe e setores em torno de objetivos comuns.

Quais são os sinais de que sua empresa precisa de um ERP?

Nem sempre a implementação de um ERP é a primeira coisa que vem à mente de um empreendedor, mas alguns indícios podem mostrar que esse investimento chegou à hora certa:

1. Baixa produtividade: quando as tarefas levam tempo excessivo para serem concluídas;
2. Comunicação falha: setores utilizam diferentes plataformas, gerando retrabalho e ruídos;
3. Falta de controle: há dificuldade em enxergar e gerenciar diversos processos simultaneamente;
4. Ausência de métricas: sem KPIs claros, é complicado tomar decisões estratégicas;
5. Perda de oportunidades: com excesso de burocracia, a empresa não enxerga potencial para inovações ou parcerias.

Quais são os tipos de ERPs?

Existem várias modalidades de sistemas de ERP no mercado, cada uma atendendo a diferentes perfis de empresas:

• Sistemas ERP legados: mais antigos, podem ser menos flexíveis e contar com manutenção complexa;
• Sistemas engessados: versões econômicas, mas com recursos limitados e pouca escalabilidade;
• Gratuitos: podem servir para necessidades muito básicas, mas, geralmente, acabam exigindo um plano pago para funcionalidades avançadas;
• Sistemas verticalizados: focados em nichos específicos, como lojas físicas ou franquias;
• Omnichannel: abrangem diversos canais de venda e atendimento, integrando online e offline.

Como escolher o melhor software de gestão?

Para tomar a decisão certa, é importante analisar as necessidades específicas do seu negócio e verificar fatores como:

• Qualidade do suporte: atendimento rápido e eficiente pode evitar prejuízos em casos de falhas;
• Custo-benefício: não se iluda por valores muito baixos ou muito altos; avalie a relação entre preço e resultados;
• Facilidade de implementação: opte por um sistema intuitivo, que exija menos horas em treinamento;
• Customização e escalabilidade: o ERP deve se adaptar aos seus objetivos de curto e longo prazo;
• Histórico do fornecedor: confira avaliações de outros clientes para entender a reputação do sistema;
• Integração com outras ferramentas: verifique se o ERP conversa com soluções de CRM, automação de marketing ou Nota Gateway, garantindo uma troca de dados fluida;
• Emissão automática de notas fiscais: fundamental para negócios em crescimento, pois agiliza o processo e reduz retrabalho.

Quais cuidados devem ser tomados na implementação?

A adoção de um ERP deve ser bem planejada para garantir uma transição tranquila:

• Envolva a equipe de TI: esses profissionais serão os responsáveis por verificar compatibilidade e auxiliar o fornecedor;
• Defina objetivos claros: estabeleça metas de implementação e priorize os setores que vão receber a novidade primeiro;
• Analise riscos e impactos: considere como a rotina dos funcionários será afetada e como minimizar dificuldades;
• Capacite seus colaboradores: explique as vantagens do ERP e ofereça treinamentos básicos para uso do sistema;
• Tenha paciência: a implementação leva mais tempo em empresas de grande porte. O planejamento evita retrabalhos e acelera o processo.

Quais são os principais exemplos de ERP do mercado?

Diferentes provedores de ERP se destacam no mercado, oferecendo funcionalidades diversas. Alguns exemplos são:

• Totvs: maior empresa de sistemas de gestão da América Latina, atende a variados segmentos;
• Conta Azul: focada em pequenos negócios, armazenando dados na nuvem de forma simples;
• EVO W12: solução criada para academias e estúdios de crossfit, com funcionalidades de gestão de clientes;
• Simplesvet: voltado a clínicas veterinárias e pet shops, ajudando no controle de vacinas e estoque;
• Sankhya: atua em diversas frentes e afirma preparar a empresa para o futuro;
• Senior Sistemas: oferece ERP completo e automatizado, facilitando a gestão empresarial;
• Nomus: especializado em indústria, com foco no controle de produção e chão de fábrica;
• Oracle: está no mercado desde 1977, com soluções robustas e hospedadas na nuvem;
• SAP: empresa alemã de grande credibilidade, atendendo a altos padrões de segurança e compliance.

Além disso, existem vários posts segmentados para diferentes nichos, como sistemas para academias, salões de beleza, clínicas médicas e veterinárias, entre outros.

Conclusão

A adoção de um ERP não só otimiza processos, mas também libera tempo e recursos que podem ser investidos em áreas estratégicas do negócio. Quando bem implementado, o sistema possibilita visões integradas, tomadas de decisão mais assertivas e ganhos financeiros reais.

Para quem deseja manter a competitividade no mercado, o investimento em uma plataforma de gestão não é apenas uma opção, mas um passo fundamental para profissionalizar processos, reduzir custos e ampliar oportunidades de crescimento.

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