Com o avanço acelerado das vendas on-line no Brasil, dominar a emissão de nota fiscal em marketplace deixou de ser diferencial e passou a ser requisito básico para qualquer operação de e-commerce que busque escala e longevidade. De acordo com a pesquisa E-commerce Trends 2024, da Octadesk/Opinion Box, 62 % dos consumidores fazem de duas a cinco compras pela internet por mês, enquanto 85 % realizam pelo menos uma compra mensal. Esse volume evidencia a necessidade de processos fiscais bem estruturados para garantir conformidade, credibilidade e fluxo de caixa saudável.
Neste artigo, você vai entender:
- O que é marketplace
- Por que emitir nota fiscal
- Penalidades para quem não emite NF
- Tipos de nota fiscal
- Como emitir NF em 5 etapas
- DANFE e arquivos XML
- NF-e no e-commerce próprio
- Conclusão
O que é marketplace?
Marketplaces são shoppings virtuais que concentram vendedores independentes em um único ambiente, oferecendo variedade de produtos, comparativo imediato de preços e múltiplas opções de frete. Plataformas como Mercado Livre, Amazon, Magalu e Shein atuam como intermediadoras, conceito regulamentado pela Nota Técnica 2020.006, que obriga o preenchimento do grupo <intermediador> na NF-e quando a venda ocorre em marketplace.
Por que emitir nota fiscal em marketplace?
- Obrigatoriedade das plataformas: a maioria bloqueia ou limita anúncios sem NF.
- Proteção jurídica: NF garante direitos de troca, assistência e cobrança.
- Credibilidade: aumenta a confiança do consumidor e reduz disputas.
- Compliance tributário: evita autuações e retrabalho contábil.
O que acontece se não emitir NF?
Deixar de fornecer nota fiscal é crime previsto no art. 1º da Lei 8.137/1990, com pena de reclusão de 2 a 5 anos, além de multas expressivas. Marketplaces também podem suspender a conta do vendedor.
Tipos de nota fiscal utilizados em marketplaces
- NF-e (55): para circulação de mercadorias físicas — tributos ICMS e IPI.
- NFS-e: para prestação de serviços — tributos ISS, PIS, Cofins e CSLL.
Como emitir nota fiscal em 5 etapas
- Análise fiscal: confirme se você emitirá NF-e, NFS-e ou ambas.
- Certificado digital (A1 ou A3): adquirido em Autoridade Certificadora credenciada pela ICP-Brasil.
- Cadastro na SEFAZ: habilitação estadual ou municipal para emissão.
- Software emissor: use solução própria, do marketplace ou plataforma especializada (ex.: Nota Gateway, sistemas ERP ou emissores gratuitos oficiais).
- Emissão e validação: confira dados de cliente, frete, CFOP e impostos antes de transmitir.
DANFE e arquivos XML
O DANFE é o espelho impresso da NF-e que acompanha o produto até o destinatário. O arquivo XML é a NF-e propriamente dita e deve ser arquivado por 5 anos + o ano corrente. Sistemas emissores geralmente permitem o download automático e o armazenamento em nuvem para facilitar auditorias.
E-commerce próprio também precisa de NF-e?
Sim. Embora as operações ocorram no seu domínio, as regras fiscais são as mesmas: toda saída de mercadoria exige NF-e em conformidade com a NT 2023.001 (layout 4.00) e eventuais notas técnicas complementares. Além de evitar multas, a NF transmite transparência — fator decisivo para a fidelização do cliente.
Conclusão
Emitir nota fiscal em marketplaces e no e-commerce próprio não é burocracia extra, mas condição para crescimento sustentável, redução de riscos e melhora da reputação da marca. Ao seguir as cinco etapas e manter-se atualizado sobre as notas técnicas da SEFAZ, você garante compliance e cria um diferencial competitivo em um mercado que não para de crescer.
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