Web Service para Testes de NFS-e no Padrão ABRASF: o que muda com a Nota Técnica 123/2025

A Nota Técnica nº 123/2025, publicada em 06/11/2025, apresenta as diretrizes para uso do Web Service de testes de Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e) no padrão ABRASF, incluindo as adaptações relacionadas à Reforma Tributária.

O documento é voltado a contribuintes, emissores, desenvolvedores e consultores técnicos, detalhando tanto o modelo de funcionamento quanto os pontos de atenção para integrações.

Segundo o material, o objetivo é padronizar a emissão, validação e processamento de NFS-e enviadas por XML, além de orientar sobre certificados digitais, assinaturas e layouts exigidos pelo sistema.

Como funcionam os testes de integração da NFS-e

Para realizar testes, o contribuinte deve incluir a tag <EnvioTeste> com o valor “1”.

Neste modo, o sistema sempre retornará um erro proposital, garantindo que nenhuma nota seja efetivamente emitida. Caso o XML esteja correto, o retorno informará que “a nota é válida”.

Quando enviado com valor “2” ou sem a tag, o sistema ignora as informações de IBS e CBS até 01/01/2026, data em que as novas estruturas fiscais passam a ser consideradas automaticamente.

Nesta etapa inicial, os testes podem ser feitos para:

  • GerarNfseEnvio
  • SubstituirNfseEnvio
  • EnviarLoteRpsSincronoEnvio

De acordo com a Nota Técnica, contribuintes do Simples Nacional/MEI ainda não podem testar as novas tags de Reforma Tributária.

URLs do Web Service

O acesso ao Web Service depende do domicílio fiscal do prestador, e cada município possui endereço próprio seguindo a estrutura do sistema Atende.Net. A URL é formada pelo nome da cidade (sem espaços ou pontuação) mais o serviço desejado. Exemplos citados na documentação: Rio do Sul (SC), São José (SC), Palhoça (SC) e Cascavel (PR).

Também é possível consultar o WSDL incluindo &wsdl na URL, permitindo verificar os métodos, tipos e atributos aceitos pelo serviço.

Como solicitar acesso ao Web Service

O contribuinte deve entrar no Portal de Autoatendimento do município, localizar o serviço “Emissão de NFS-e por WebService” e selecionar a opção “Liberar Acesso ao Usuário”.

Principais regras do layout XML da NFS-e

O layout XML segue os padrões do modelo ABRASF, com campos que reproduzem os dados enviados pelo contribuinte e outros gerados pelo Fisco.

A NFS-e deve conter:

  • Identificação do serviço conforme a Lista de Serviços da LC 116/2003;
  • Identificação do prestador por CNPJ/CPF (Inscrição Municipal é opcional);
  • CNPJ obrigatório para tomadores pessoa jurídica;
  • Competência definida pelo fato gerador informado pelo contribuinte;
  • Regras específicas para cálculo de ISS, com diferenças entre regimes e municípios;
  • Possibilidade de emissão de uma NFS-e por município quando o ISS é devido a locais diferentes.

Envio de RPS e processamento em lote

O envio de RPS pode ser feito individualmente ou em lote. O modelo assíncrono gera apenas protocolo inicial, enquanto o síncrono retorna imediatamente as NFS-e processadas ou erros identificados. Em ambos os casos, um único erro invalida todo o lote. {index=6}

Serviços disponíveis no Web Service

O documento descreve todas as operações suportadas pelo Web Service, entre elas:

  • Recepção e Processamento de Lote de RPS (assíncrono)
  • Enviar Lote de RPS Síncrono
  • Geração de NFS-e
  • Cancelamento da NFS-e
  • Substituição da NFS-e
  • Consulta por RPS, por Lote, por serviços prestados e por faixa

As figuras e fluxos presentes no material (páginas 15–21) ilustram o caminho das requisições e a relação entre contribuinte, servidor Web e administração tributária municipal.

Assinatura digital e certificados

O sistema exige certificados ICP-Brasil tipo A1 ou A3, tanto para assinatura das mensagens quanto para autenticação na transmissão, conforme as regras aplicadas ao emissor. O XML deve ser assinado com o certificado do estabelecimento emissor ou da matriz.

A validação segue regras como:

  • Checagem de validade e cadeia de certificados;
  • Validação da LCR;
  • Uso exclusivo de certificados tipo A;
  • Assinatura conforme padrões W3C e xmldsig-core.

Validação das mensagens XML

Todas as mensagens enviadas precisam ser validadas pelos arquivos XSD correspondentes, garantindo conformidade com os padrões estruturais e de conteúdo. Qualquer divergência impede o processamento. A documentação reforça boas práticas como evitar zeros não significativos, remover espaços extras e omitir tags com valores nulos.

⬇️ Baixe aqui a nota Técnica completa para mais detalhes.


Fonte: Nota Técnica nº 123/2025 – IPM (ABRASF)

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