Dizem que brasileiro tem duas certezas na vida: a finitude da vida e os altos impostos 😅
Pois é, a segunda está passando por uma reforma “cirúrgica” — e com muitas emendas no meio do caminho.
O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (30) o projeto que regulamenta a segunda etapa da Reforma Tributária, voltada para o consumo.
A proposta, um substitutivo do senador Eduardo Braga ao PLP 108/2024, recebeu 51 votos favoráveis, 10 contrários e uma abstenção.
Como o texto sofreu alterações, ele volta agora para nova análise na Câmara dos Deputados.
Principais pontos aprovados
- Criação do Comitê Gestor do IBS (CG-IBS): responsável por arrecadar e distribuir o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá ICMS e ISS.
- Instituição da CBS: contribuição federal sobre bens e serviços.
- Transição da origem para o destino: o imposto passa a ser recolhido no local de consumo, e não mais no de produção.
- Atualização da alíquota de referência do IBS: cálculo terá como base dados de 2024 a 2026.
- Split payment: imposto separado automaticamente no pagamento, reduzindo sonegação.
- Cashback tributário: devolução parcial de impostos para contribuintes de baixa renda.
- Criação da Câmara Nacional de Integração do Contencioso Administrativo: para harmonizar jurisprudência fiscal.
Outras medidas incluídas
- Redução de alíquotas para institutos de ciência e tecnologia sem fins lucrativos.
- Aumento do teto de isenção para veículos adquiridos por pessoas com deficiência.
- Imposto Seletivo (cigarros, bebidas alcoólicas e açucaradas) limitado a 2%, gerando polêmica entre senadores.
- Autorização para que municípios usem a Contribuição de Iluminação Pública (CIP) no financiamento de sistemas de monitoramento e segurança.
- Uniformização do ITCMD e mudança no momento de cobrança do ITBI (preferencialmente no registro da escritura).
- Regras para utilização dos créditos acumulados de ICMS, válidas até 2033.
- Desonerações para Fundos de Investimento em Direitos Creditórios e redução de alíquotas para Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs).
- Medidas para coibir fraudes no setor de combustíveis.
Estrutura e financiamento do CG-IBS
O Comitê Gestor do IBS será uma entidade pública com independência técnica e financeira, gerida por um Conselho Superior com 54 membros, alternando presidência e vice-presidência entre estados e municípios.
Sua implantação será financiada pela União em até R$ 3,8 bilhões entre 2025 e 2028, passando depois a ser custeada por percentuais da arrecadação do IBS, com fiscalização dos Tribunais de Contas.
Próximos passos
Com mais de 200 emendas analisadas e quase 65 incorporadas, o texto segue agora para a Câmara, onde será novamente debatido.
A expectativa, segundo o relator, é que a regulamentação garanta maior segurança jurídica, crescimento econômico e geração de emprego e renda.
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