NF-e ou NFS-e: qual nota fiscal eletrônica é ideal para o seu negócio?

Quem vende produtos ou presta serviços precisa emitir documentos fiscais eletrônicos. Mas qual escolher: Nota Fiscal Eletrônica de Produto (NF-e) ou Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e)? A resposta depende da natureza da sua atividade. Este guia detalha as diferenças, requisitos legais e passos de emissão, para que você mantenha a conformidade tributária sem complicação.

Sumário

  1. Visão geral: NF-e × NFS-e
  2. NF-e – quando usar e como emitir
  3. NFS-e – quando usar e como emitir
  4. Tabela comparativa das diferenças
  5. Por que adotar notas fiscais eletrônicas
  6. Passo a passo para escolher e emitir corretamente
  7. Conclusão

1. Visão geral: NF-e × NFS-e

A principal diferença está no fato gerador:

  • NF-e (modelo 55) registra compra e venda de produtos físicos, com recolhimento de ICMS/IPI. Órgão responsável: Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ).
  • NFS-e (modelo A-BR) registra prestação de serviços, com recolhimento de ISS. Órgão responsável: Secretaria Municipal de Finanças.

Exemplo prático: uma loja de informática vende um notebook → NF-e. Se conserta o notebook → NFS-e. (Referência: infográfico Sebrae sobre NF-e × NFS-e.)

2. NF-e – quando usar e como emitir

Quem pode utilizar?

Qualquer empresa com CNPJ + Inscrição Estadual (ou CPF + IE para produtor rural) credenciada na SEFAZ.

Requisitos técnicos

  • Certificado digital ICP-Brasil (e-CNPJ) – MEI sem credenciamento pode emitir avulsa na SEFAZ usando login/senha.
  • Software emissor ou API integrada ao ERP.
  • Conexão para transmitir XML à SEFAZ e receber “Autorização de Uso”.

Fluxo resumido

  1. Gerar XML da nota.
  2. Assinar digitalmente.
  3. Enviar à SEFAZ.
  4. Receber autorização.
  5. Imprimir ou enviar o DANFE ao cliente.

3. NFS-e – quando usar e como emitir

Quem pode utilizar?

Qualquer empresa prestadora de serviços com CNPJ e inscrição municipal.

Requisitos técnicos

  • Certificado digital da empresa (exceto MEI – LC 123/2006 dispensa).
  • Portal da prefeitura ou sistema de emissão integrado via web service.

Fluxo resumido

  1. Gerar RPS (Recibo Provisório de Serviços) no sistema.
  2. Transmitir ao município.
  3. Prefeitura converte em NFS-e e devolve o XML/PDF.
  4. Enviar o DANFSE ao cliente.

4. Tabela comparativa das principais diferenças

AspectoNF-eNFS-e
Fato geradorVenda de produtoPrestação de serviço
Tributo principalICMS / IPIISS
Órgão responsávelSEFAZ estadualPrefeitura (Finanças)
Certificado digitalObrigatório (exceto MEI avulsa)Obrigatório (MEI dispensado)
LayoutXML nacional padrão 4.00XML municipal – variações de layout
Portal web gratuitoNão (precisa software)Sim, na maioria das prefeituras

5. Por que adotar notas fiscais eletrônicas?

  • Redução de custos – menos papel, impressão e armazenamento físico.
  • Agilidade – transmissão on-line, consulta pública e validação em segundos.
  • Conformidade fiscal – dificulta erros e sonegação, evitando multas.
  • Integração – dados alimentam automaticamente estoque, financeiro e contabilidade via ERP integrado à Nota Gateway.
  • Sustentabilidade – elimina talões e formulários contínuos.

6. Passo a passo para escolher e emitir corretamente

  1. Mapeie suas receitas: venda de mercadorias → NF-e; serviços/digitais → NFS-e; ambos → emita cada modelo conforme a operação.
  2. Regularize inscrições: estadual para produtos, municipal para serviços.
  3. Adquira certificado digital: A1 (arquivo) ou A3 (token/cartão).
  4. Escolha software emissor: módulo ERP, sistema web ou API automatizada.
  5. Faça testes em ambiente de homologação: garanta que XML, CFOP ou código de serviço estejam corretos.
  6. Treine a equipe: emissão, cancelamento, carta de correção, contigência.

7. Conclusão

A NF-e e a NFS-e não competem entre si: cada uma atende a um tipo de operação. Ao entender as diferenças e requisitos, você garante compliance fiscal, melhora processos internos e transmite profissionalismo ao cliente. Se vende produtos físicos, use NF-e. Se presta serviços ou comercializa produtos digitais, use NFS-e. Caso atue nos dois ramos, emita ambos os documentos conforme a natureza de cada transação — de preferência, em um emissor integrado que automatize todo o fluxo fiscal.

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