Feedback na Empresa: o que é, tipos, como fazer, importância e exemplos

Com cada vez mais competição e foco no desenvolvimento profissional, o feedback surge como uma das principais ferramentas de comunicação e alinhamento dentro de uma empresa. Ele garante que tanto líderes quanto colaboradores entendam seus pontos fortes e oportunidades de melhoria, cultivando um ambiente de crescimento contínuo. Neste artigo, você descobrirá tudo que precisa saber sobre feedback: conceito, tipos, modelos, melhores práticas e como aplicá-lo para fortalecer a cultura organizacional.

Sumário

  1. O que é feedback?
  2. Por que o feedback é importante?
  3. Quais são os tipos de feedback?
  4. Principais modelos de feedback
  5. A melhor forma de promover um bom feedback
  6. Passos para fazer um feedback de sucesso
  7. O feedback anônimo funciona?
  8. 10 dicas para ser assertivo no feedback da sua empresa
  9. Avaliação de desempenho: como o feedback pode ajudar?
  10. As maiores tendências nas empresas
  11. Conclusão

O que é feedback?

O feedback é a comunicação em que uma pessoa (ou grupo) avalia o desempenho de outra, evidenciando comportamentos, tarefas ou resultados e como podem ser otimizados. A palavra vem do inglês, junção de feed (alimentar) e back (de volta), reforçando a ideia de “retroalimentar” – ou seja, devolver uma análise construtiva a quem está realizando o trabalho, para manter ou corrigir rumos.

Mais do que apontar erros e acertos, o feedback busca potencializar competências e orientar atitudes. Após uma avaliação de desempenho, por exemplo, ele contribui para o plano de desenvolvimento individual (PDI) de cada colaborador. Também é fundamental para a motivação, pois mostra interesse no crescimento de todos no ambiente organizacional.

Por que o feedback é importante?

Dar e receber feedbacks pode parecer desconfortável para muitas pessoas, mas negligenciá-los traz prejuízos tanto para colaboradores quanto para as empresas. Imagine um funcionário que é demitido por falhas em seu desempenho, mas nunca foi alertado sobre elas. Nesse caso, a empresa investiu em contratação e treinamento sem aproveitar o potencial real do profissional, e o colaborador não teve a oportunidade de corrigir o comportamento.

Ao contrário, quando o feedback se torna parte da cultura, todos entendem o que se espera deles e como podem melhorar continuamente. Isso resulta em:

  • Retenção de talentos: profissionais veem chance de crescimento real;
  • Engajamento e produtividade: saber o que está bom e o que precisa de ajustes motiva o time;
  • Melhoria do clima interno: relações se tornam mais claras e colaborativas;
  • Redução de erros e retrabalhos: problemas são identificados rapidamente e resolvidos antes que se agravem.

Quais são os tipos de feedback?

Os feedbacks podem ser construtivos ou desconstrutivos. Dentro desses grupos, o caráter positivo ou negativo pode definir a forma de abordagem.

Feedbacks construtivos: positivo e negativo

  • Positivo: reforça comportamentos desejáveis e resultados obtidos, mas vai além de elogios vagos; é fundamentado em dados e situações reais.
  • Negativo (ou corretivo): aponta pontos de melhoria e falhas, porém de forma construtiva, esclarecendo o impacto desses comportamentos na equipe e nos resultados.

Feedbacks desconstrutivos: insignificante e ofensivo

  • Insignificante: raso, genérico, sem exemplos concretos ou fundamentação, deixando o colaborador confuso quanto ao real problema.
  • Ofensivo: feito no calor do momento ou com tom agressivo, desencadeia clima de hostilidade e insegurança, sem ajudar no desenvolvimento.

Principais modelos de feedback

Para facilitar a prática do feedback, surgiram modelos que guiam a conversa de forma objetiva e eficaz:

1. Feedback SCI

  • Situação: descreva o que aconteceu;
  • Comportamento: explique como a pessoa agiu;
  • Impacto: mostre o resultado gerado por esse comportamento.

Exemplo: “Na reunião da última segunda-feira (situação), você pediu a opinião de todos antes de concluir a pauta (comportamento), o que deixou a equipe mais envolvida e motivada (impacto).”

2. Feedback 360

Coleta opiniões de várias fontes: colegas de equipe, líderes, subordinados e até autoavaliação. Essa abrangência oferece um panorama completo sobre o desempenho e comportamentos do profissional.

3. Feedback Sanduíche

  • Elogio: abre a conversa reconhecendo algo positivo;
  • Pergunta: levanta um ponto a ser melhorado;
  • Ação: sugere o que pode ser feito para corrigir ou aprimorar.

4. Feedback Canvas

Voltado para a análise de equipes. Cada membro recebe avaliações individuais e o grupo pode visualizar as diferentes percepções, identificando como cada pessoa influencia nos resultados.

5. Feedback Kudos

Concede cartões com comentários positivos para reforçar comportamentos de destaque. Estimula a cultura de reconhecimento dentro da organização.

6. Feedback Wall

Em um quadro fixado, colaboradores colocam pontos positivos e de melhoria sobre a empresa, alimentando um canal de feedback coletivo. É útil para entender o clima e a percepção do time sobre processos e cultura.

A melhor forma de promover um bom feedback

Independentemente do modelo utilizado, algumas diretrizes são fundamentais para a eficácia do feedback:

  • Aplicabilidade: fale de comportamentos ou resultados reais;
  • Especificidade: evite generalizações, vá direto aos fatos;
  • Oportunidade: seja pontual, não deixe a situação esfriar ou cair no esquecimento;
  • Direcionamento: converse diretamente com a pessoa envolvida, sem intermediários;
  • Imparcialidade: baseie-se em dados concretos, não em opiniões pessoais ou julgamentos.

Passos para fazer um feedback de sucesso

Para estruturar bem a conversa, lembre-se dos fatores de contexto, comportamento, impacto e expectativa:

  1. Contexto: explique a situação que motivou a análise;
  2. Comportamento: descreva como o colaborador agiu ou desempenhou determinada tarefa;
  3. Impacto: mostre as consequências positivas ou negativas desse comportamento no time ou no resultado;
  4. Expectativa: indique como deseja que o colaborador atue no futuro e, se necessário, ofereça apoio ou um plano de ação.

O feedback anônimo funciona?

O feedback anônimo pode gerar alta participação, mas muitas vezes de forma superficial ou até negativa, sem oferecer sugestões construtivas. O anonimato impede o diálogo, dificultando aprofundar questões ou agradecer por algo positivo. Além disso, pode incentivar algumas pessoas a descarregarem frustrações sem responsabilidade.

Em culturas organizacionais maduras, privilegiam-se feedbacks abertos e construtivos, em que todos aprendem a lidar com críticas e sugestões de forma colaborativa.

10 dicas para ser assertivo no feedback da sua empresa

  1. Anotações prévias: liste fatos e exemplos para embasar a conversa.
  2. Avaliação individual: mesmo em tarefas coletivas, analise o desempenho de cada um.
  3. Equilíbrio de tempo: evite disparidades que gerem ciúmes ou favoritismos.
  4. Elogie, mas vá além: um feedback positivo deve ser fundamentado, não apenas um “parabéns” genérico.
  5. Apresente plano de ação: não basta dizer “precisa melhorar”; indique caminhos reais para isso.
  6. Linguagem clara: use termos que o colaborador compreenda, sem ambiguidades.
  7. Cheque se foi compreendido: peça ao avaliado para resumir o que entendeu.
  8. Não adie demais: o feedback é mais eficaz quando próximo ao acontecimento.
  9. Controle emocional: jamais faça feedback no “calor” de uma frustração, pois pode sair como ofensa.
  10. Foco no desenvolvimento: o objetivo é sempre evoluir, não punir ou constranger.

Avaliação de desempenho: como o feedback pode ajudar?

Na avaliação de desempenho, mensuramos a performance dos colaboradores e identificamos pontos fortes e fracos. O feedback complementa esse processo, pois direciona as pessoas sobre como aplicar as informações obtidas na prática diária. Ele também embasa o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), orientando metas e recursos necessários para a evolução contínua.

Além de avaliar resultados, o feedback sinaliza quais comportamentos podem ser aprimorados e quais diferenciais devem ser reforçados, gerando motivação e clareza sobre o papel de cada um na empresa.

As maiores tendências nas empresas

Feedforward

Em vez de se focar no passado, o feedforward direciona o profissional para o futuro desejado. É uma abordagem voltada ao potencial a ser desenvolvido, promovendo conversas positivas e construtivas sobre competências almejadas, sem prender-se a erros passados.

One-on-one (1:1)

Consiste em reuniões individuais entre líder e liderado, com pautas que vão além das tarefas, englobando vida pessoal, objetivos de carreira e possíveis obstáculos. Favorece a construção de confiança e abertura para feedbacks constantes.

Feedback contínuo

Em vez de aguardar ciclos semestrais ou anuais, o feedback é dado a qualquer momento, tão logo se perceba uma oportunidade de melhoria ou de reconhecimento. Isso permite correções rápidas e minimiza falhas que poderiam se agravar.

Software de feedbacks contínuos

Ferramentas como a da Mereo permitem automatizar e centralizar feedbacks, fornecendo relatórios de quantos foram trocados e oferecendo um canal aberto para enviar comentários a qualquer hora. Essa digitalização facilita o registro histórico, a análise de tendências e o acompanhamento de metas de desenvolvimento.

Conclusão

O feedback é muito mais do que uma conversa formal; ele sustenta a cultura de alta performance e a colaboração dentro de uma empresa. Ao entender seus diversos tipos, modelos e formatos, líderes e colaboradores podem aperfeiçoar continuamente processos e comportamentos.

Criar uma cultura de feedback requer compromisso, preparo e boa comunicação, mas os resultados são evidentes: maior engajamento, retenção de talentos e times mais preparados para enfrentar desafios. Se você deseja aprofundar ainda mais no tema, explore materiais complementares e integre o feedback à rotina da sua organização para colher benefícios duradouros.

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