Manter-se em dia com o fisco é um dos grandes desafios para as empresas brasileiras, especialmente devido à complexidade das leis tributárias do país. De acordo com o relatório “Doing Business 2020”, do Banco Mundial, estima-se que as organizações no Brasil gastem em torno de 1.501 horas por ano apenas para lidar com obrigações tributárias, evidenciando a necessidade de atenção e planejamento por parte dos gestores.
Neste artigo, você vai entender o que são obrigações fiscais, por que é tão importante conhecer todos os tributos que incidem sobre um negócio e como cumprir essas exigências de forma eficiente. Boa leitura!
Sumário
- O que são obrigações fiscais de uma empresa?
- Por que é importante conhecer todas as obrigações fiscais?
- Quais são as obrigações fiscais de uma empresa?
- Como garantir o cumprimento das obrigações fiscais?
- Conclusão
O que são obrigações fiscais de uma empresa?
Toda empresa, independentemente de seu porte ou segmento, está sujeita a um conjunto de tributos regulamentados pela legislação brasileira. Essas obrigações fiscais consistem em pagamentos e declarações que devem ser feitos periodicamente à Receita Federal, aos estados e aos municípios, conforme o tipo de atividade exercida. O objetivo é assegurar que o negócio atue dentro da lei e mantenha sua regularidade de funcionamento.
Por que é importante conhecer todas as obrigações fiscais?
O desconhecimento ou o não cumprimento das obrigações fiscais pode resultar em problemas graves, como multas, processos administrativos ou até o fechamento compulsório da empresa. Além disso, sonegar impostos — intencionalmente ou por falhas na gestão — pode acarretar sérias consequências legais.
Por outro lado, empresas que se mantêm em dia com os tributos reforçam sua credibilidade no mercado, preservam o bom relacionamento com fornecedores e clientes, e evitam complicações jurídicas. Conhecer as obrigações fiscais é, portanto, parte essencial da saúde financeira e operacional de qualquer negócio.
Quais são as obrigações fiscais de uma empresa?
Dentro da rotina tributária, existem diversas responsabilidades que variam conforme o regime de tributação e o tipo de atividade exercida. A seguir, destacamos as principais.
1 – Emissão de notas fiscais
A emissão de notas fiscais, seja de produtos (NF-e) ou de serviços (NFS-e), comprova a legalidade das transações realizadas. É por meio delas que o governo verifica o recolhimento correto dos tributos e assegura a transparência das operações comerciais.
2 – Pagamento de impostos
Os impostos que compõem as obrigações fiscais da empresa podem ser de âmbito federal, estadual ou municipal, cada um com alíquotas e regras específicas. Entre os principais estão:
- INSS (Instituto Nacional do Seguro Social): voltado à seguridade social, garante benefícios como aposentadoria, auxílio-acidente e salário-família.
- IRPJ (Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica): incide sobre o lucro da empresa e possui alíquota base de 15%, com adicional de 10% para lucros acima de um certo teto mensal.
- ISS (Imposto Sobre Serviços): tributo municipal aplicado a prestadores de serviços, com alíquota variável dependendo da cidade.
- PIS (Programa de Integração Social): financiamento de benefícios como abono salarial e seguro-desemprego, obrigatório para empresas privadas.
- COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social): voltada a custear áreas como saúde pública e previdência, incide sobre o faturamento bruto.
- ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): imposto estadual para operações comerciais, com alíquotas que podem variar de 7% a 35%.
- IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): tributo federal direcionado a produtos modificados pela indústria, em qualquer fase de produção.
3 – Declaração de recolhimento de tributos
Além de efetuar o pagamento, as empresas precisam declarar os valores e comprovar que estão em dia com suas obrigações. Algumas das declarações mais importantes incluem:
- ECF (Escrituração Contábil Fiscal): comprova o balanço patrimonial e é determinante para calcular valores de IRPJ e CSLL.
- DIRF (Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte): informa à Receita Federal o total retido do IR de funcionários e prestadores de serviço.
- DASN-SIMEI: destinada a microempreendedores (MEIs) que escolheram o regime de recolhimento fixo de tributos.
- DEFIS (Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais): direcionada a empresas do Simples Nacional, comprovando tributos e dados relevantes.
- Declaração de Inativa: mantém negócios sem atividade em dia com o fisco, evitando multas por omissão.
Como garantir o cumprimento das obrigações fiscais?
Diante das múltiplas exigências legais, é fundamental adotar estratégias que facilitem a gestão tributária e reduzam riscos de autuações. Veja algumas recomendações:
- Organização e planejamento: crie um calendário das principais datas de pagamento e envio de declarações, definindo alertas para não perder prazos.
- Equipe especializada: contar com profissionais das áreas fiscal, contábil e jurídica é essencial para minimizar erros e evitar o pagamento indevido de tributos.
- Capacitação constante: mantenha o time atualizado sobre mudanças na legislação, realizando treinamentos e cursos específicos.
- Auditorias internas: verifique regularmente a conformidade dos processos para identificar falhas e corrigir possíveis irregularidades antes de uma fiscalização oficial.
- Automatização de processos: utilize softwares de gestão para agilizar tarefas rotineiras, como cálculos de impostos e emissão de notas fiscais, reduzindo o índice de erros.
Conclusão
A gestão das obrigações fiscais requer conhecimento, planejamento e comprometimento constante. Do pagamento de impostos à emissão de notas fiscais, passando pelas diversas declarações exigidas pela Receita Federal, cada detalhe precisa ser cuidadosamente acompanhado para evitar multas e até mesmo o encerramento forçado das atividades.
Ao seguir as boas práticas de organização, capacitação da equipe e adoção de ferramentas tecnológicas, sua empresa se mantém em dia com o fisco e garante uma saúde financeira mais sólida. Dessa forma, é possível direcionar recursos e energia para o que realmente importa: o crescimento sustentável do seu negócio.
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