Simples Nacional Híbrido: a nova modalidade tributária para micro e pequenas empresas na Reforma Tributária

A Reforma Tributária veio para mostrar que sempre dá para inventar mais uma camada de regras. 😅

Agora, no meio de toda a confusão (e expectativa) das mudanças fiscais, surge mais uma categoria que está chamando atenção:

O Simples Nacional Híbrido.

Uma proposta que promete unir o melhor de dois mundos. 👀

Se você é dono de micro ou pequena empresa e quer entender como essa modalidade pode afetar o seu bolso, sua competitividade e até sua rotina administrativa, vem com a gente.

No final, você vai ter clareza para decidir se essa “novidade” é o o melhor caminho pro seu negócio ou se é uma cilada.

Sumário

O que é o Simples Nacional Híbrido?

Na essência, o Simples Nacional Híbrido seria um regime opcional em que parte dos tributos continua unificada no DAS, como no modelo atual, e outra parte — especificamente o IVA (CBS + IBS) — é apurada e paga separadamente, pelo sistema de débito e crédito.

É como ter um “dois em um” tributário.

Isso abre a possibilidade de aproveitar créditos fiscais nas compras, algo que o Simples tradicional não permite, mantendo a praticidade para os demais tributos.

Por que essa modalidade é importante?

O modelo atual do Simples ajuda muito na simplificação, mas não é perfeito.

Empresas com alto volume de compras tributadas acabam perdendo a chance de recuperar créditos de IVA, o que pode deixá-las menos competitivas.

O híbrido tenta resolver isso sem obrigar a migração para regimes mais complexos como o Lucro Presumido ou Real.

Em resumo, ele busca:

  • Reduzir a carga tributária para empresas com cadeia de compras robusta;
  • Manter a simplicidade para quem não precisa dessa complexidade extra;
  • Servir como etapa intermediária para uma futura migração de regime.

Como funcionaria na prática?

A adesão seria opcional, provavelmente duas vezes ao ano (janeiro e julho).

Quem optar pelo híbrido apuraria o IVA separadamente, seguindo as regras gerais do novo sistema, enquanto os demais tributos continuariam no Simples.

Na prática, isso significa:

  • IVA por débito e crédito: você registra o imposto pago nas compras e desconta do imposto devido nas vendas;
  • Guias separadas: o IVA teria seu próprio calendário e guia de recolhimento;
  • Mais obrigações acessórias: notas fiscais mais detalhadas e escrituração fiscal digital se tornam obrigatórias.

Benefícios e desafios

Benefícios

  • Possibilidade de aproveitar créditos de IVA;
  • Potencial redução de carga tributária para empresas com muitos insumos tributados;
  • Mais atratividade em negócios B2B, já que o cliente pode aproveitar créditos;
  • Transição mais suave para regimes mais complexos no futuro.

Desafios

  • Maior complexidade e burocracia na gestão fiscal;
  • Necessidade de sistemas mais robustos para apuração e emissão de NF-e;
  • Custos adicionais de adaptação e treinamento da equipe;
  • Possibilidade de a carga tributária aumentar se os créditos não compensarem.

Quando vale ou não vale a pena optar?

Vale a pena se sua empresa tem alto volume de compras tributadas e atua em um mercado competitivo onde conceder créditos de IVA é um diferencial.

Não vale a pena se o seu negócio é simples, com poucas compras tributadas, ou se a complexidade extra não for compensada por uma redução significativa da carga tributária.

Impacto para profissionais liberais

Advogados, médicos, psicólogos, consultores e profissionais de TI podem sentir impacto.

Escritórios ou consultórios com altos custos tributados (softwares, equipamentos, plataformas) podem se beneficiar.

Já quem atua de forma individual, com poucos custos tributados, provavelmente verá mais desvantagens do que ganhos.

O que muda para empresas B2B e B2C

Para operações B2B, o híbrido pode aumentar a atratividade para clientes PJ, mas pode elevar sua própria carga tributária.

Para operações B2C, ou vendas para clientes que não aproveitam créditos, o impacto é menor — aqui a comparação direta de carga tributária entre regimes será decisiva.

Como se preparar

Mesmo sem regras 100% definidas, você já pode:

  • Acompanhar de perto as regulamentações da Reforma Tributária;
  • Simular cenários de carga tributária no modelo atual e no híbrido;
  • Conferir com seu contador os impactos no seu caso específico;
  • Preparar seus sistemas de gestão para apuração de IVA;
  • Treinar a equipe que lida com a parte fiscal e financeira.

Conclusão

O Simples Nacional Híbrido pode ser um divisor de águas para algumas MPEs, mas também pode virar uma armadilha para quem entrar sem análise prévia.

Aqui no Nota Gateway, seguimos acompanhando cada detalhe da Reforma Tributária para trazer as informações mais claras e atualizadas, ajudando você a decidir com segurança.

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