Em breve será possível escolher o Simples Nacional já na hora de abrir o CNPJ…
Pois é, o contador nem terminou o cafezinho e a empresa já tá formalizada. 😅
A Receita Federal resolveu integrar a opção pelo Simples Nacional direto na Redesim.
Resultado: CNPJ + regime tributário definidos praticamente na mesma tacada.
Essa mudança mexe com todo mundo – do contador que carimba formulário até o dev que mantém sistema fiscal na nuvem.
Então, quanto antes você entender o novo fluxo, menos dor de cabeça lá na frente. 👇
Sumário
- O que é a Redesim?
- Nova integração: o que mudou na prática?
- Cadastro unificado: fim do registro triplo?
- Sim, estamos de olho nas fraudes
- O contador virou protagonista (de novo)
- Reforma Tributária por trás da história
- Impactos para contadores, devs e empreendedores
- O que fazer agora?
O que é a Redesim?
Se você ainda não trombou com esse nome, a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios – respira – nasceu para colocar União, estados e municípios na mesma sala (digital).
Em vez de repetir dados em cada órgão, o empreendedor preenche uma vez.
Receita Federal, juntas comerciais, secretarias de Fazenda e prefeituras pegam as informações automaticamente.
É a espinha dorsal de tudo que veremos daqui pra frente:
Criação, alteração ou baixa de empresas sem aquela via-sacra de guichês e sistemas diferentes.
Nova integração: o que mudou na prática?
Em 24 de julho de 2025, a Receita apresentou o Módulo de Administração Tributária dentro do Portal de Negócios da Redesim (PNR). A partir dele:
- Opção pelo Simples Nacional é feita no mesmo passo em que se cria o CNPJ.
- O sistema cruza dados em tempo real, valida tudo e libera o número em cerca de 10 minutos (o benchmark oficial).
- Tudo isso já com integração automática aos fiscos estadual e municipal.
Para o empreendedor, a sensação deve ser a de <submit> → CNPJ pronto.
Para o contador, mais agilidade – mas também mais responsabilidade (segura esse certificado digital!).
Cadastro unificado: fim do registro triplo?
Sim.
O novo modelo transforma o CNPJ em um identificador multi-órgão.
Em vez de gerar números paralelos no estado e no município, o mesmo cadastro vale para todas as esferas.
A autenticação usa CPF + CIN (Carteira de Identidade Nacional) e conversa direto com o CFC para garantir que o contador responsável esteja em dia.
Sim, estão de olho nas fraudes
Desde dezembro de 2024, a Receita já suspendeu 26 628 inscrições e cancelou 2 082 CNPJs falsos.
Tinha “Ministério da Economia LTDA”, “Aerolíneas do Cerrado” e até concessionária fantasma de energia.
Com a integração, qualquer tentativa de golpe bate no muro do cross-check instantâneo de bases públicas – e cai antes mesmo de nascer.
O contador virou protagonista (de novo)
A Receita foi direta: Nenhum CNPJ sem assinatura de contador.
Ele continua sendo o guardião do enquadramento tributário e agora precisa usar o e-CPF para concluir o registro.
Ou seja, a automação evolui, mas a caneta (digital) do profissional continua imprescindível – até para blindar a operação contra fraudes.
Reforma Tributária por trás da história
A integração não é apenas conveniência; é pré-requisito pro que vem aí: IBS, CBS e afins.
Se os tributos serão unificados, os cadastros também precisam falar a mesma língua.
A meta é ter todo o país plugado até o fim de 2025, dando base para os novos impostos entrarem em 2026 sem travar o sistema.
Impactos para empreendedores, contadores e sistemas
Empreendedores:
- Previsibilidade: empresa nasce regularizada nos três entes federativos.
- Agilidade: nada de esperar deferimento estadual ou alvará municipal para emitir nota.
- Menos custo: processos simplificados reduzem taxas indiretas (cartório, despachante, etc.).
Contadores:
- Tempo: abertura cai de dias para minutos.
- Risco: enquadramento automático reduz desenquadramentos futuros.
- Papel: zero. Tudo via certificado digital.
Automação fiscal:
- Sistemas precisam implementar a nova API da Redesim e atualizar rotinas de validação.
- Integração com certificados digitais e trilha de auditoria ficam obrigatórias.
- Quem oferecer onboarding 100% automatizado (CNPJ+Simples) sai na frente.
O que fazer agora?
- Empreendedores: consulte seu contador sobre a transição e garanta que seus dados pessoais (CPF, CIN) estejam atualizados para evitar bloqueios na hora H.
- Contadores: revise fluxos internos e acompanhe o manual técnico que a Receita promete liberar em breve.
- Devs: monitore o portal de Documentação Técnica da Receita para adaptar seu software ao novo padrão de integração.
Em resumo: a burocracia diminuiu, mas a responsabilidade (e a chance de ganho de eficiência) cresceu.
Quem se adiantar agora evita correr atrás depois – e ainda impressiona o cliente com CNPJ novinho antes do café esfriar.
Receba em primeira mão as atualizações mais quentes sobre Nota Fiscal!
TOTVS, Conta Azul, Sankhya e diversas outras empresas já fazem parte da nossa comunidade. Entre você também!
Quero participar »