🚦 A estrada da Reforma Tributária já está sinalizada e, como em toda boa viagem, alguns municípios decidiram sair mais cedo para “evitar o trânsito”.
Enquanto boa parte do país ainda está ajustando o GPS, cidades do Sul como Florianópolis e Foz do Iguaçu já estão acelerando rumo ao novo modelo nacional de emissão de notas fiscais.
Com cronogramas já em execução e ambientes de testes abertos, Florianópolis e Foz do Iguaçu mostram que a transição pode ser organizada e ágil para empresas e empreendedores.
Sumário
- Contexto da migração para a NFSe nacional
- Florianópolis: pioneirismo com cronograma definido
- Foz do Iguaçu: foco em segurança e suporte técnico
- Documentos fiscais nacionais: padronização em teste
- Impactos da antecipação no ambiente de negócios
- Conclusão
Contexto da migração para a NFSe nacional
A criação de um padrão nacional para a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFSe) é uma das iniciativas de maior impacto trazidas pela Reforma Tributária aprovada pela Emenda Constitucional 132/2023 e regulamentada pela Lei Complementar 214/2025.
A meta é unificar, padronizar e modernizar a emissão de documentos fiscais em todo o território nacional, melhorando a fiscalização e tornando o ambiente tributário mais eficiente.
A obrigatoriedade começa em janeiro de 2026, mas algumas administrações municipais estão se antecipando para garantir uma transição suave.
E quem está dando exemplo nesse movimento é a Região Sul.
Florianópolis: pioneirismo com cronograma definido
A Prefeitura de Florianópolis já divulgou seu cronograma para a migração gradual dos prestadores de serviço ao sistema nacional de emissão de notas.
A iniciativa, segundo a secretária da Fazenda, Michele Roncalio, visa dar previsibilidade e segurança às empresas da capital catarinense.
Cronograma de migração:
- Agosto/2025: sociedades profissionais com imposto fixo (ex: advogados, engenheiros, médicos);
- Outubro/2025: empresas optantes pelo Simples Nacional;
- Novembro/2025: demais prestadoras de serviços.
Além disso, a prefeitura sinalizou que a data de início poderá ser ajustada conforme o ritmo de evolução do sistema nacional (mantido pela Serpro) e reforçou que a mudança traz mais simplicidade e segurança jurídica na emissão de documentos fiscais.
Foz do Iguaçu: foco em segurança e suporte técnico
Outro município que demonstra protagonismo na transição é Foz do Iguaçu, que já abriu seu ambiente de homologação para testes do novo sistema de emissão, baseado na versão 2.02 do modelo ABRASF.
Destaques da implementação:
- Obrigatoriedade da assinatura digital com certificado ICP-Brasil para todos os RPS;
- Disponibilização de um canal de suporte via WhatsApp (45 3198-2717);
- Acesso ao manual de integração e exemplos em XML;
- Disponibilização de ambiente de testes no endereço: https://homologacao.gestaoiss.com.br/ws/nfse.asmx.
Empresas que utilizam WebService ou importação de lotes já estão aptas a testar a nova plataforma, com apoio técnico contínuo da prefeitura.
Documentos fiscais nacionais: padronização em teste
Além da NFSe, o governo federal e os fiscos estaduais e municipais avançam na homologação de todos os Documentos Fiscais eletrônicos (DF-e) exigidos pela nova estrutura tributária.
Documentos cobertos:
- NF-e (Nota Fiscal Eletrônica);
- NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica);
- CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico);
- BP-e (Bilhete de Passagem Eletrônico);
- NFCom e NF3-e (Energia elétrica).
O Validador de Mensagens do Projeto NF-e também já está disponível para testes. Ele permite checar arquivos XML e simular cenários, facilitando a adequação de sistemas ao novo modelo.
Fases de transição:
- Desde julho de 2025: Testes em ambiente de homologação;
- Outubro de 2025: Uso facultativo em ambiente de produção;
- Janeiro de 2026: Obrigatoriedade do novo modelo e rejeição de documentos fora do padrão.
Impactos da antecipação no ambiente de negócios
A postura antecipada de municípios como Florianópolis e Foz do Iguaçu mostra um alinhamento com os objetivos da reforma:
Facilitar a arrecadação estatal e reduzir erros dos sistemas.
A preparação antecipada também reduz riscos de paralisações ou instabilidades operacionais quando a obrigatoriedade entrar em vigor em 2026.
Além disso, iniciativas como suporte dedicado, cronogramas públicos e documentação acessível são boas práticas que poderiam inspirar outras prefeituras a seguir pelo mesmo caminho.
Conclusão
Em meio à centralização progressiva dos sistemas fiscais, a Região Sul adota uma postura pragmática e antecipa a migração ao novo padrão exigido.
Florianópolis e Foz do Iguaçu ajustam suas infraestruturas locais para atender às demandas da padronização nacional, com foco técnico e operacional.
Em vez de esperar por uma estrutura definitiva, preferiram se antecipar e reduzir os riscos operacionais que a obrigatoriedade trará em 2026.
Se sua empresa ainda não começou os testes, o ideal é se antecipar.
A obrigatoriedade começa em janeiro de 2026, e se você quiser deixar a parte burocrática pra quem tem mais de uma década de experiência com automação fiscal, conheça o Nota Gateway.
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