Região Sul sai na frente na migração para a Nota Fiscal Nacional

🚦 A estrada da Reforma Tributária já está sinalizada e, como em toda boa viagem, alguns municípios decidiram sair mais cedo para “evitar o trânsito”.

Enquanto boa parte do país ainda está ajustando o GPS, cidades do Sul como Florianópolis e Foz do Iguaçu já estão acelerando rumo ao novo modelo nacional de emissão de notas fiscais.

Com cronogramas já em execução e ambientes de testes abertos, Florianópolis e Foz do Iguaçu mostram que a transição pode ser organizada e ágil para empresas e empreendedores.

Sumário

  1. Contexto da migração para a NFSe nacional
  2. Florianópolis: pioneirismo com cronograma definido
  3. Foz do Iguaçu: foco em segurança e suporte técnico
  4. Documentos fiscais nacionais: padronização em teste
  5. Impactos da antecipação no ambiente de negócios
  6. Conclusão

Contexto da migração para a NFSe nacional

A criação de um padrão nacional para a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFSe) é uma das iniciativas de maior impacto trazidas pela Reforma Tributária aprovada pela Emenda Constitucional 132/2023 e regulamentada pela Lei Complementar 214/2025.

A meta é unificar, padronizar e modernizar a emissão de documentos fiscais em todo o território nacional, melhorando a fiscalização e tornando o ambiente tributário mais eficiente.

A obrigatoriedade começa em janeiro de 2026, mas algumas administrações municipais estão se antecipando para garantir uma transição suave.

E quem está dando exemplo nesse movimento é a Região Sul.

Florianópolis: pioneirismo com cronograma definido

A Prefeitura de Florianópolis já divulgou seu cronograma para a migração gradual dos prestadores de serviço ao sistema nacional de emissão de notas.

A iniciativa, segundo a secretária da Fazenda, Michele Roncalio, visa dar previsibilidade e segurança às empresas da capital catarinense.

Cronograma de migração:

  • Agosto/2025: sociedades profissionais com imposto fixo (ex: advogados, engenheiros, médicos);
  • Outubro/2025: empresas optantes pelo Simples Nacional;
  • Novembro/2025: demais prestadoras de serviços.

Além disso, a prefeitura sinalizou que a data de início poderá ser ajustada conforme o ritmo de evolução do sistema nacional (mantido pela Serpro) e reforçou que a mudança traz mais simplicidade e segurança jurídica na emissão de documentos fiscais.

Foz do Iguaçu: foco em segurança e suporte técnico

Outro município que demonstra protagonismo na transição é Foz do Iguaçu, que já abriu seu ambiente de homologação para testes do novo sistema de emissão, baseado na versão 2.02 do modelo ABRASF.

Destaques da implementação:

  • Obrigatoriedade da assinatura digital com certificado ICP-Brasil para todos os RPS;
  • Disponibilização de um canal de suporte via WhatsApp (45 3198-2717);
  • Acesso ao manual de integração e exemplos em XML;
  • Disponibilização de ambiente de testes no endereço: https://homologacao.gestaoiss.com.br/ws/nfse.asmx.

Empresas que utilizam WebService ou importação de lotes já estão aptas a testar a nova plataforma, com apoio técnico contínuo da prefeitura.

Documentos fiscais nacionais: padronização em teste

Além da NFSe, o governo federal e os fiscos estaduais e municipais avançam na homologação de todos os Documentos Fiscais eletrônicos (DF-e) exigidos pela nova estrutura tributária.

Documentos cobertos:

  • NF-e (Nota Fiscal Eletrônica);
  • NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica);
  • CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico);
  • BP-e (Bilhete de Passagem Eletrônico);
  • NFCom e NF3-e (Energia elétrica).

O Validador de Mensagens do Projeto NF-e também já está disponível para testes. Ele permite checar arquivos XML e simular cenários, facilitando a adequação de sistemas ao novo modelo.

Fases de transição:

  1. Desde julho de 2025: Testes em ambiente de homologação;
  2. Outubro de 2025: Uso facultativo em ambiente de produção;
  3. Janeiro de 2026: Obrigatoriedade do novo modelo e rejeição de documentos fora do padrão.

Impactos da antecipação no ambiente de negócios

A postura antecipada de municípios como Florianópolis e Foz do Iguaçu mostra um alinhamento com os objetivos da reforma:

Facilitar a arrecadação estatal e reduzir erros dos sistemas.

A preparação antecipada também reduz riscos de paralisações ou instabilidades operacionais quando a obrigatoriedade entrar em vigor em 2026.

Além disso, iniciativas como suporte dedicado, cronogramas públicos e documentação acessível são boas práticas que poderiam inspirar outras prefeituras a seguir pelo mesmo caminho.

Conclusão

Em meio à centralização progressiva dos sistemas fiscais, a Região Sul adota uma postura pragmática e antecipa a migração ao novo padrão exigido.

Florianópolis e Foz do Iguaçu ajustam suas infraestruturas locais para atender às demandas da padronização nacional, com foco técnico e operacional.

Em vez de esperar por uma estrutura definitiva, preferiram se antecipar e reduzir os riscos operacionais que a obrigatoriedade trará em 2026.

Se sua empresa ainda não começou os testes, o ideal é se antecipar.

A obrigatoriedade começa em janeiro de 2026, e se você quiser deixar a parte burocrática pra quem tem mais de uma década de experiência com automação fiscal, conheça o Nota Gateway.

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